sexta-feira, 21 de março de 2014

14 Cenas famosas de filmes que foram incrivelmente feitas SEM efeitos especiais



Vamos pensar da seguinte forma: Tudo que é espetacular atrai o público, isso é fato. É por isso que vemos mais e mais efeitos especiais serem usados em filmes hollywoodianos. No entanto, enquanto a maioria dos filmes usam e abusam destes efeitos conhecidos como CGI (“computer-generated imagery”, ou “imagens geradas por computador”), talvez você se surpreenda ao saber que nem todos os diretores dos filmes optaram pelo uso de realces digitais em todas as cenas. Nós separamos 14 cenas famosas de 14 filmes diferentes onde NÃO foram aplicados estes efeitos, seja pelo objetivo de dar um realismo maior a elas, ou talvez porque na época a tecnologia não permitia. Como foram feitas então? Confira!

1. Os saltos e acrobacias dos carros de “Need for Speed – O Filme” (2014)

Se você foi aos cinemas para ver o filme da franquia “Need for Speed – O Filme” (2014), com certeza deve ter notado algumas loucuras entre as cenas. Nós vimos um Ford Mustang saltar três faixas de tráfego de Detroit e ser transportado por um helicóptero do Exército dos EUA.
 
Uma coisa que você talvez não tenha percebido é que o filme do estúdio DreamWorks foi feito inteiramente SEM a técnica CGI. O diretor Scott Waugh – que também já foi dublê um dia – queria fazer cenas de ação mais próximas da realidade possíveis. “Minha filosofia sempre foi que você não pode quebrar a física. Se você fizer isso, irá ferir a história porque, na verdade, os personagens não se aplicariam à física”, disse Waugh ao WDSMedia.

2. A escalada ‘high-tech’ de Tom Cruise em “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (2011)


Ainda mais surpreendente do que a altura do Burj Khalifa de Dubai (830 m de altura) é o fato de Tom Cruise ter realmente escalado o edifício em “Missão Impossível: Protocolo Fantasma” (2011).
“Quando viram ele subindo, as pessoas pensaram que ele tinha conseguido graças aos efeitos CGI, mas naquelas cenas não usamos esta técnica”, disse Gregg Smrz, coordenador de dublês do filme, ao LA Times.

Fazer a cena em uma tela verde teria sido muito mais fácil e mais seguro para o ator, mas Cruise insistiu em escalar o prédio preso a chicotes especiais e aparelhamento de segurança, tudo a uma altura de cerca de 520 metros do chão, a fim de criar a cena que parecia “impossível.”

3. As cenas de gravidade zero no filme “Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo” (1995)



Quando chegaram a alcançar a gravidade zero na tela, Tom Hanks e o resto da tripulação tiveram mais a ajuda da NASA do que de Hollywood. Os efeitos de ausência de gravidade em “Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo” (1995) foram feitos graças a um avião militar que despencou de uma altitude de 30 mil pés em um mergulho íngreme. O resultado foram 23 segundos de gravidade zero. O diretor Ron Howard havia gostado tanto desta alternativa que resolveu colocar o set inteiro do filme dentro do próprio avião.

“Se tivéssemos feito as cenas com os fios – se realmente fosse possível recriar a leveza com fios, eu tremo só de pensar como o filme teria ficado”, disse Howard ao AMC Tv.

4. As faces que se derretem em “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981)

O filme “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) ganhou o Oscar de melhores efeitos especiais (acredite, isso era incrível na época) em 1981. “Foi decidido que a cabeça seria esculpida em cera … depois filmada em uma velocidade mais lenta do que o normal. Um calor elevado foi aplicado nela e a cabeça parecia se derreter rapidamente revelando camadas de pele, músculo e osso, após a cena ter sido reproduzida em velocidade normal”, disse Dennis Muren para a Vanity Fair.

5. A cena de Jim Carrey pequeno embaixo da mesa no filme “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças” (2004)

Durante a cena “Baby Joel” do filme “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças” (2004), o diretor Michel Gondry afirma ter usado apenas ilusão de óptica. A mesma técnica de “enganar os nossos olhos” vem sendo cada vez mais utilizada em Hollywood, como foi em filmes da trilogia “O Senhor dos Anéis”, por exemplo.

A explicação sobre como fizeram a ilusão é dada no vídeo abaixo:


6. As cena do Coringa e o giro no caminhão em “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008)

Uma das melhores cenas de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008), de Christopher Nolan, é a perseguição que Batman faz do Coringa pela cidade em cima de sua Batpod. A perseguição termina com Batman prendendo com cabos os eixos de aço um caminhão de 18 rodas, fazendo com que ele vire de ponta-cabeça.

Para as cenas do Tumbler, Nolan usou veículos em miniatura, mas o caminhão foi realmente catapultado no meio da avenida. Ele usou um êmbolo que funcionou como catapulta para virar o caminhão. O resultado ficou melhor do que o esperado, um giro PERFEITO no caminhão. A única coisa que fizeram com efeitos especiais foi remover da cena o êmbolo debaixo do caminhão.

Veja como foi feito a seguir:


7. A e destruição e queda do avião onde Bane foi resgatado em “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012)

Em “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012), Nolan também optou por mais realismo ao introduzir o vilão Bane na trilogia. Sim, o time de produção do filme realmente conseguiu permissão para despencar a carcaça de um avião C-130 na Escócia, e fizeram isso sem nenhum efeito CGI (Leu direito? NADICA DE NADA DE CGI).

“Realmente, o trabalho de um diretor cinematográfico é ignorar a ‘escala’ das coisas e olhar para o resultado que você pretende colocar na tela – e como isso vai influenciar na história”, disse Nolan ao NY Daily News.

8. As explosões da cafeteria e as cenas de luta com alteração de gravidade no filme “Inception” (2010)


Em “Inception” (2010) – no Brasil chamado de “A Origem,” Christopher Nolan também resolveu fazer algumas cenas sem utilizar recursos CGI, tanto na cena da cafeteria como nas cenas de lutas onde a gravidade se altera. Nolan realmente explodiu coisas e interpolou as filmagens na cena da cafeteria. Nas cenas da luta em gravidade zero, Nolan achou melhor montar um set de filmagem “rolante”, do que colocar os atores em fundos verdes e presos em cabos de aços.
Veja como as cenas foram feitas nos vídeos a seguir:



9. A cena de travessia pelo Portal Estelar em “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (1968)

Antes de conhecermos o filme ganhador de Oscar “Gravidade” (2013), com suas cenas repletas de CGI, Stanley Kubrick teve que fazer milagres com truques de câmera e sets de filmagem complexamente elaborados para dar vida ao clássico “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (1968). Para criar aquela viagem interestelar surreal do filme ele teve que usar uma máquina “Slit Scan”. Ele filmou dois planos paralelos e luzes misturando filtros de cor, simulando uma viagem através de um túnel sem fim.

10. A maioria das cenas de naves e veículos em “Star Wars” (1977)

Parte do enorme sucesso da franquia “Star Wars” (1977) se deve ao empenho e criatividade dos produtores ao usar miniaturas e truques de câmera. Uma versão em miniatura da Millennium Falcon foi construída e uma tecnologia da “Dykstraflex” contribuiu para que câmeras controladas por movimento fizessem com que as naves voassem pelo espaço na tela. Veja a seguir como esta técnica funcionava na época:


11. A cena da criatura bizarra do filme “O Enigma de Outro Mundo” (1982)

A criatura bizarra do filme era na verdade um ventríloquo controlado por um humano. O diretor John Carpenter disse que tudo só foi possível graças ao brilhante trabalho de Rob Bottin, que cuidou de criar todos os efeitos com os bonecos. De acordo com uma entrevista ao IndieWire, Carpenter disse que Bottin trabalhou tão pesado no filme que teve que ir para o hospital quando as filmagens acabaram, para se recuperar do cansaço extremo.

12. A transformação em lobisomem do ator David Naughton em “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981)

Antes de “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981), de John Landis, filmes como o clássico, “The Wolf Man” (1941), geralmente cortavam as cenas ao mostrar as transformações de lobisomens na tela. No filme de Landis, o ator David Naughton passou por intensas sessões de maquiagem entre as tomadas para se transformar no personagem icônico. A cena da transformação do ator em lobisomem (cerca de 2 min.) levou aproximadamente uma semana para ser concluída. Veja a seguir uma explicação mais detalhada (em inglês) sobre como foi feita a cena:


13. As famosas cenas no hoverboard em “De Volta para o Futuro – Parte II” (1989)

O diretor Robert Zemeckis e sua tripulação utilizaram fios para criar as cenas em que Marty McFly (Michael J. Fox) voa sobre skates voadores – os famosos hoverboards – em Hill Valley. Veja como foram feitas as cenas no vídeo a seguir:


14. A criatura que sai do peito de Kane em “Alien, o Oitavo Passageiro” (1979)

As reações apavoradas dos atores que você viu na cena do filme foram completamente verdadeiras, porque eles não tinham ideia de como a coisa toda aconteceria. De acordo com um relato do diretor Ridley Scott ao site Empire, tudo foi filmado em apenas uma tomada usando sangue falso, aparelhamento, e carne de açougue.

“As próteses naquela época não eram tão boas. Então imaginei que a melhor coisa que poderia fazer seria conseguir o material de um açougue e um peixeiro nas redondezas”, disse Ridley Scott. “Na parte da manhã tivemos que separar o que iríamos usar, e não muito depois já tínhamos que estar prontos para filmar, porque as carnes começaram a cheirar muito rapidamente”, completa. Assim que a cena aconteceu, o sangue falso pulverizado assustou a atriz Veronica Cartwright, tanto que ela realmente desmaiou na cena.

Fonte: 1
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Um comentário:

  1. Quem disse que precisa de grandes efeitos para fazer algo sensacional. A simplicidade é sempre uma boa opção.

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