Estamos na melhor época do ano para quem curte cinema e é ligado em premiações. Globo de Ouro, Bafta, prêmios dos sindicatos de roteiristas, atores, produtores e assim por diante. E o Oscar, claro.
A maior premiação do cinema nem sempre é justa – tanto nas suas indicações quanto em relação aos vencedores -, contudo amamos odiá-la.
Para entrar no clima da cerimônia, que ocorre no dia 2 de março, preparamos uma lista com 10 grandes filmes consagrados e esquecidos pela Academia. Confira abaixo a primeira parte:
A Cor Púrpura, de Steven Spielberg (1985)
Este longa, que fala sobre discriminação racial e sexual, é certamente um dos melhores de Spielberg. Com Whoopi Goldberg e Danny Glover no elenco, o enredo se passa no estado americano da Georgia, no início do século passado. Com apenas 14 anos, Celie (Goldberg) é violentada pelo pai e engravida de duas crianças. Ela é separada de seus filhos e doada a Albert (Glover), que a trata como escrava e companheira. Indicado a onze Oscar, o drama não levou nenhuma estatueta.
Shame, de Steve McQueen (2011)
Compulsão por sexo é um tema delicado, contudo nada que não possa ser conduzido com maestria pela dobradinha McQueen e Michael Fassbender. Entretanto o diretor, que tem seu novo filme, 12 Anos de Escravidão, cotado como favorito para a premiação máxima do ano, enfrentou o esquecimento da Academia em 2011. Fassbender e Carey Mulligan brilharam em cena – inclusive o primeiro recebeu o prêmio de melhor ator do Festival de Veneza. O problema enfrentado pelo personagem chega ao ponto de nos apresentar uma das mais angustiantes cenas de sexo já feitas no cinema.
A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen (1985)
Com Mia Farrow e Jeff Daniels no elenco, a comédia com pinceladas de drama tem como protagonista uma garçonete que sustenta o marido bêbado e desempregado. Para fugir da realidade, costuma assistir sessões seguidas de seus filmes prediletos. Certo dia, ao ver A Rosa Púrpura do Cairo, o herói sai da tela e lhe oferece uma nova vida. Indicado apenas a roteiro original, este que é um dos melhores trabalhos do inconsistente Allen saiu de mãos abanando.
O Pianista, de Roman Polanski (2002)
Os horrores da II Guerra Mundial são retratados neste drama estrelado por Adrien Brody. Baseado na autobiografia do músico polonês Wladyslaw Szpilman, que por diversas vezes quase morreu durante o conflito, o longa foi indicado a sete Oscar e venceu três – Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro Adaptado.
O Exorcista, de William Friedkin (1973)
A possessão demoníaca de uma menina poderia resultar em apenas mais um filme de terror, gênero esquecido pela Academia e que encontra dificuldades para inovar. No entanto, O Exorcista nos apresenta um ótimo roteiro, com grandes atuações e cenas de causar medo a qualquer um.
Indispensável para quem gosta do gênero, o longa conta com Linda Blair, Ellen Burstyn e Max von Sydow no elenco. Vencedor dos Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som, ainda foi indicado a outras oito categorias – inclusive Melhor Filme.
Central do Brasil, de Walter Salles (1998)
Que a Fernanda Montenegro é uma ótima atriz nós sabemos, mas não custa nada ressaltar que ela está impecável neste que é um dos melhores filmes brasileiros já feitos. Na trama, sua personagem, Dora, acompanha o pequeno Josué, interpretado por Vinícius de Oliveira, até o sertão nordestino. Emocionante, o drama foi indicado aos Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Atriz. Infelizmente, não levou nenhum dos dois.
Tudo Pelo Poder, de George Clooney (2011)
Clooney já conseguiu diversas indicações em diferentes funções, no entanto a Academia parece não ter caído nas graças de Tudo Pelo Poder, que apenas concorreu à estatueta de Roteiro Adaptado. Intrigas políticas dão o tom do drama, que tem no elenco Ryan Gosling e Philip Seymour Hoffman, além do próprio Clooney.
Gritos e Sussurros, de Ingmar Bergman (1972)
Bergman é um dos diretos mais cultuados pelos cinéfilos, e com razão. Sua extensa filmografia possui obras-primas do cinema. Entre elas está Gritos e Sussurros, longa que tem como fio narrativo uma mulher em estado terminal e suas duas irmãs, porém vai muito mais profundamente nas agonias da alma humana. Com Ingrid Thulin e Liv Ullmann no elenco, o filme foi indicado a cinco Oscar, incluindo Melhor Filme – algo raro para longas estrangeiros na época -, e venceu o prêmio de Melhor Fotografia.
Ben-Hur, de William Wyler (1959)
O épico foi o primeiro longa a ser agraciado com 11 Oscar, feito apenas igualado por Titanic e Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Possui em seu elenco o galã Charlton Heston, que vive Judah Bem-Hur, um rico mercador judeu.
O Piano, de Jane Campion (1993)
Como se não bastasse as qualidades cinematográficas da obra, ela também foi responsável pela segunda indicação de uma mulher ao prêmio de Melhor Direção. Conta com Holly Hunter e Anna Paquin no elenco, respectivas mãe e filha que se mudam para a recém-colonizada Nova Zelândia. O piano, que dá título ao filme, acaba se tornando o responsável pela descoberta do verdadeiro amor. Indicado a oito Oscar, venceu as categorias de Melhor Roteiro Original, Atriz e Atriz Coadjuvante.
Fonte: 1
0 comentários:
Postar um comentário