sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

10 atores de cinema que se deram bem na TV



Cada vez mais temos visto rostos e atuações conhecidas das telonas nas telinhas. A TV tem se tornado uma ótima opção para atores já renomados continuarem sob os holofotes e, de bônus, ainda nos brindarem com suas presenças tão conhecidas e amadas.

No entanto, uns erraram bem feio e nos envergonharam como fãs que somos. Mas outros… Ah, que gol de placa! Não só escolheram bem como roubaram a cena e levaram prêmios de crítica e o amor ainda mais eternos dos fãs.

Confira alguns atores que começaram suas carreiras no Cinema e foram pra TV de uma forma tão majestosa que merecem um lugar nessa lista maravilhosa.

PS – A ordem da lista é aleatória e não significa que o primeiro ator é melhor que o décimo, afinal, diante de tantas escolhas ruins na TV (principalmente neste ano de 2013), estar nesse hall de famosos já é uma coisa muito boa!

10 - Alec Baldwin
Todas as vezes que eu via o senhor Jack Donaghy com suas caras, bocas e modelos lindas como as namoradas da semana, eu sabia que a próxima meia hora seria uma que me faria sorrir.

Alexandre Rae Baldwin III nasceu em Massapequa, Nova York, em 3 de abril de 1955. Ele é o mais velho dos “Irmãos Baldwin” e, com certeza, também o mais bem sucedido, afinal não é todo dia que você interpreta um personagem de comédia maravilhoso que se torna um ícone e elimina um passado de somente personagens valentões e badass (em um cinema que tem uma caaaaara de anos 1990!), exceto pelo filme The Cooller, que rendeu uma indicação de Baldwin ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Mas foi o excêntrico e charmoso Jack Donaghy em 30 Rock que rendeu dois Emmys (2008 e 2009) e três Golden Globe (2006, 2008 e 2009) para Melhor Ator de Comédia.

Alec tem uma carreira gigantesca no cinema, com 53 filmes no currículo, além de participações inesquecíveis em séries como Friends e Will & Grace.

Baldwin já pensou em abandonar 30 Rock no final da quinta temporada, pois achava que a série tinha encontrado seu ponto de escassez criativa, mas ele abandonou a ideia e retornou o para as sexta e sétima temporadas. Imortalizando 30 Rock como um show de qualidade pra hipster ver!

Obrigada senhor Alec Baldwin, 30 Rock não seria a mesma sem você!

9 - Anna Paquin
“Cale essa boca, senhor. Você pode ser um vampiro, mas quando falar comigo irá me tratar como a dama que eu sou”. E assim, como num passe de mágica, o encanto aconteceu. Mas foi logo em seguida, quando seu sorriso inesquecível se abriu ao descobrir que aquele vampiro se chamava Bill, e não Antoine, Basil ou Langford, que aquela personagem fez de mim seu follower cego e apaixonado (sorry, Joe Carroll)!

Faz tempo, desde suas áureas primeiras temporadas, que True Blood deixou de ser uma série para ser levada a sério. Porém, apesar de ser destratada por um roteiro deveras claudicante, Sookie Stackhouse, sete anos depois, ainda consegue ser um dos destaques do show. E isso se deve muito ao talento de Anna Paquin, que incorpora com segurança sua Sookie, mesmo quando o roteiro e a direção não ajudam muito.

Tenho dois defeitos que preciso assumir: não consigo ver filmes com a mesma frequência que vejo séries e sou péssimo para me lembrar de nomes e rostos. Portanto, aquele fora de fato o meu primeiro encontro com Anna Paquin. Foi só a partir daí que descobri que antes de explodir na televisão e se tornar protagonista de uma das séries mais conhecidas da HBO, Anninha (sou íntimo) vinha de uma carreira razoável no cinema. Apesar de ser mais conhecida pelos seres humanos normais por interpretar a Vampira, na trilogia X-Men, Paquin possui um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, conquistado em 1994, pelo filme O Piano. E o melhor, como prova de que seu talento vem de berço, ela tinha apenas 11 anos quando venceu o prêmio. Vinte anos depois, permanece sendo a segunda atriz mais jovem a receber a estatueta.

Sua carreira é marcada por 30 indicações a prêmios do cinema e da televisão, com 11 vitórias, incluindo um Globo de Ouro. No cinema, Paquin trabalhou com Sean Penn, Kevin Spacey e Meg Ryan em O Alvoroço (Hurlyburly), com Steven Spielberg em Amistad e integrou o elenco do bem sucedido Quase Famosos (Almost Famous), produção que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Original e o Globo de Ouro nas categorias Melhor Filme Comédia/Musical e Melhor Atriz Coadjuvante.

Casada com Stephen Moyer, vulgo ‘Beaaaal’, com quem tem dois filhos gêmeos, Anna Paquin ainda arranja tempo para levantar bandeiras contra o câncer, na defesa dos direitos LGBT e ainda apoia instituições de caridade. Traduzindo: é uma linda, loira, gostosa, talentosa, bem sucedida e altruísta.


8 – Glenn Close
Glenn Close é uma das maiores atrizes da história do cinema americano. Foi indicada seis vezes ao Oscar, mais recentemente pelo filme Albert Nobbs em 2011.

É engraçado que seu talento é unanimidade entre diferentes faixas etárias, por causa da variedade dos papéis que interpretou com maestria na carreira. Em Atração Fatal, Glenn Close faz a interpretação mais famosa entre os “adultos”: Alex Forrest, uma mulher que tem um caso com um homem casado (Michael Douglas), e se mostra uma psicopata cujo ciúme doentio faz com que ela cozinhe um coelho garantindo “não ser ignorada”. E realmente não foi, pois é lembrada até hoje como sinônimo de boa atuação e namoradas(os) ciumentos e possessivos. Já entre as “crianças”, e aqui vai gente de até trinta anos, por aí, Glenn é ela: Cruella de Vil. A vilã mais aterrorizante para quem cresceu nos anos 90, que queria a pobre centena de dálmatas para fazer um casaco de pele e outras maldades, marcou época e o nome de Glenn na cabeça dessa geração – embora haja quem pergunte “a que fez O Diabo Veste Prada é a Cruella, né?”. Não, não é. Mas ela e Meryl Streep são muito amigas.
Após a instabilidade que afeta quase todas as atrizes após os quarenta anos em Hollywood, Glenn encontrou um lugar na televisão. Primeiro, ela entrou para o elenco da série The Shield, do canal FX. Ficou na série durante apenas uma temporada, e recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao Emmy.

Entretanto, a atuação como a capitã Monica Rawling apenas abriu caminho para um dos melhores papéis de sua carreira, pois logo em seguida estrelou a série judicial Damages, também no FX.
Diferente de outros courtroom dramas, Damages tinha um estilo ousado de narrativa, cheio de flashbacks, flashforwards e viradas de mesa. Interpretando Patty Hewes, uma advogada impetuosa, ambiciosa e cruella, e dividindo as cenas com a ótima Rose Byrne, além de gente como William Hurt, Marcia Gay Harden e Janet McTeer Glenn brilhou como não fazia há tempos – provavelmente, desde 101 Dálmatas. O papel rendeu um Globo de Ouro e dois Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática, além de uma aclamação geral da crítica. Entretanto, Damages nunca foi um sucesso de audiência, e, apesar do roteiro apurado e das atuações excelentes, teve uma trajetória muito instável na televisão, saindo do canal FX após a terceira temporada e seguindo para o pequeno Audience Network.

Apesar dos trancos e barrancos que foi a trajetória de Damages e suas cinco temporadas, Glenn teve a carreira renovada. Exemplo? A sexta indicação ao Oscar citada acima veio após quase 25 anos, no período entre a quarta e quinta temporadas da série. Agora, ela vai protagonizar um filme do criador do musical Rock of Ages, como uma roqueira aposentada que cuida do marido doente, interpretado por Nick Nolte. Além disso, vai participar de Guardians of the Galaxy, blockbuster garantido. Tudo isso principalmente pelo sucesso em Damages. Por isso, não vejo erro em dizer que, entre 2007 e 2012, a televisão americana tinha uma rainha. Sua majestade, Glenn Close.

7 – James Spader
Este é um ator que, com certeza, acertou em escolher uma das pouquíssimas séries boas dessa troll season. Em meio a coisas (porque é assim que merecem ser chamadas) como Dads, We Are Men, Super Fun Night, Hostages, Spader interpreta o brilhante Raymond Reddington, um criminoso procurado pelo FBI que resolve não só se entregar, como ajudar os federais a prenderem outros criminosos. Seus olhares dissimulados e sua atuação maravilhosa te fazem querer saber um pouco mais sobre esse homem misterioso e colocar The Blacklist em sua pequena (SQN) e seleta lista de série a acompanhar semana a semana (mesmo sendo aquele modelo de procedural padrão).
A carreira de James Spader no cinema começou em 1981, no filme Endless Love, de Franco Zeffirelli, que tinha Brooke Shields no elenco.

Spader já ganhou vários prêmios. Entre eles, o de melhor ator no Festival de Cannes em 1989, pelo filme Sex, Lies, and Videotape, de Steven Soderbergh e mais três Emmy Awards de melhor ator, um em 2004 por The Practice e os outros dois em 2005 e 2007 por Boston Legal.

Mais conhecido por atuar em papéis excêntricos no cinema, James Spader parece ter realmente talento para encarnar personagens diferentes, com quase sempre questões sexuais e existenciais. E o fato de ser lembrado por esses papéis foi a principal razão da escolha de Raymond Reddington em The Blacklist como sua próxima grande atuação. Afinal Spader tem a capacidade de criar grandes personagens que permanecem na memória dos expectadores que nem o tempo é capaz de apagar.

Mais uma prova dessa decisão mais do que acertada é a indicação que o ator recebeu como melhor ator em drama no Golden Globe de 2014.

6 – Jeff Daniels
And the Emmy goes to: JEFF DANIELS!

E com essa afirmação, alguns haters realmente hated. Isso porque a série responsável pelo prêmio recebido este ano pelo ator, The Newsroom, é criticada por sua instabilidade e verborragia exageradas. Eu sou muito fã da série, não se enganem quando eu concordo com parte dessas críticas, mas nenhuma delas tira a paixão avassaladora que eu tenho por The Newsroom; a deliciosa relação que as notícias do mundo real têm com o âncora mais ácido da TV norte-americana (mesmo na ficção, rs) Will McAvoy e as frases verborrágicas de Mack fizeram eu me apaixonar por eles de imediato.

Mas vamos ao passado de Jeff para mostrar o porquê ele merece estar nesta lista.

O ator nasceu em Athens, Gerogia em 19 de fevereiro de 1955, mas foi criado em Chelsea, Michigan. Ele estudou na Central Michigan University, mas abandonou a faculdade para dedicar-se à profissão de ator. Sua estreia no cinema aconteceu em 1981, no filme Ragtime, dirigido por Milos Forman. Sua carreira no cinema sempre foi próspera. Recebeu três indicações ao Globo de Ouro, incluindo de Melhor Ator no musical de 1985, de Woody Allen, A Rosa Púrpura do Cairo. Ele também foi marido de Debra Winger no filme de 1983, Laços de Ternura premiado com o Oscar de melhor filme.

Além de cinema, Daniels também trabalha ativamente com teatro. Ele Fundou uma companhia sem fins lucrativos, o Purple Rose Theatre Company, em seu estado natal, Michigan. Atuou em várias produções teatrais, dentro e fora da Broadway, e foi indicado para o Tony Award como Melhor Ator para a peça da Broadway Le Dieu du Carnage (2009).

No entanto o filme que eternizou Jeff Daniels na mente e no coração da maioria das pessoas foi Débi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994), no qual ele, como Débi, formou uma das melhores duplas de comédia que o cinema já viu (me julguem, eu sou fã do mestre Jim Carrey, por toda a eternidade, amém!).

Em 2012 Jeff Daniels se juntou ao elenco de The Newsroom, da HBO, como o protagonista Will McAvoy, um jornalista que critica de forma ferrenha o Partido Republicano (mesmo sendo publicamente republicano) e sua ideologia política retrógrada. Com toda certeza, este é o papel da vida de Daniels, pois é com ele que as pessoas passaram a enxerga-lo não somente como Débi (exceto para os que já eram fãs do ator e acompanhavam sua carreira… Não me apedrejem, eu mesma só me lembrava dele como Débi, ponto), mas perceberam o talento e brilho Daniels como ator.

No Emmy deste ano (sua primeira indicação) ele competia somente com os grandes personagens da TV em 2013: Hugh Bonneville, Bryan Cranston, Kevin Spacey, Jon Hamm e Damian Lewis e, mesmo com o favoritismo de Cranston (que, para mim, leva TUDO em 2014!) e Spacey, Jeff Daniels derrubou todos com uma classe indiscutível. O prêmio foi merecido, pois a evolução de Daniels e de Will, juntos, é grandiosa.

O discurso do piloto de The Newsroom mostra o porquê do prêmio: afinal, um bom ator nos deixa boquiabertos, sem respirar, chocados e emocionados quando nos mostra uma atuação impecável e McAvoy/Daniels deixou a todos nós, com certeza, sem palavras!

5 – Jessica Lange
A carreira de Jessica Lange, apesar dos altos e baixos, sempre foi farta, variada e consagrada. Seu primeiro papel foi como a mocinha do remake de King Kong, e em seguida interpretou o anjo da morte no incrível All That Jazz, de Bob Fosse. Vencedora de dois Oscar, um de Melhor Atriz Coadjuvante em 1982 pela comédia Tootsie e outro de Melhor Atriz em 1994 pelo drama Blue Sky, Jessica viu acontecer com ela o que acontece com as atrizes acima de quarenta anos em Hollywood: os grandes papéis ficam raros, e muitas vezes a solução para continuar nas telas é se contentar em ser mãe ou esposa ou vizinha da/do protagonista. Jessica também fez algumas peças de teatro, recebendo até indicação ao Laurence Olivier Awards, o prêmio mais alto do teatro britânico. Ela dedicou-se muito a projetos humanitários, e a uma carreira paralela de fotógrafa.

A carreira de Jessica voltou a brilhar um pouco após os telefilmes Normal, em 2003, e Grey Gardens, em 2009 (esse último deu a ela o primeiro Emmy, na categoria de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme). Ainda assim, muitos se lembravam dela como a linda moça que envelheceu bem, mas envelheceu. Junto com o reconhecimento pelo talento, vinha a associação ao rosto belíssimo, à voz sensual, às pernas, minha nossa, as pernas da Jessica Lange! O rosto continuava belo, a voz continuava sensual, e as pernas pouco apareciam – desde quando mulher de idade mostra as pernas no cinema americano?

Entretanto, American Horror Story, a antologia de terror criada por Ryan Murphy e Brad Falchuk para o canal FX mudou a os ares para a atriz. Murphy, fã apaixonado de Jessica desde quando ela interpretou a icônica personagem Blanche DuBois em A Streetcar Named Desire, convidou-a para fazer seu primeiro papel fixo em uma série de televisão. Interpretando Constance Langdon, a vizinha misteriosa e intrometida da família Harmon, Jessica fez um espetáculo que garantiu aclamação geral da crítica, do público e das premiações, ganhando o quinto Globo de Ouro, o segundo Emmy e o primeiro Screen Actors Guild da carreira. Em cada discurso, ela agradeceu a Murphy, Falchuk e aos roteiristas. Afinal, não adianta ter espaço na televisão, principalmente para uma atriz do porte de Jessica (embora ela não comente sobre o próprio porte), se o papel é tosco. Constance Langdon foi um papel tão profundo que ainda está marcado nas pessoas que a viram na série, mesmo que por um rápido momento.

As atuações como Sister Jude em American Horror Story: Asylum e Fiona Goode em American Horror Story: Coven não precisam de muitas explicações ou adjetivos. Afinal, Jessica Lange já não precisa mais provar para ninguém o seu talento. Cada cena dela é um show em particular. E escrevo, grito, canto, assino embaixo e desafio alguém a me provar ao contrário quando digo que, atualmente, Jessica Lange é a melhor atriz da televisão americana. (sorry, Claire Danes).

4 – Kevin Spacey
Quando comprei o ingresso para assistir Seven: Os Sete Pecados Capitais, em meados de 1995, cheio de preconceitos por ser protagonizado por Brad Pitt, o ídolo maior de todas as meninas daquela geração, não podia imaginar que conheceria (e me encantaria) por John Doe, que ofuscaria assombrosamente o ídolo teen, que hoje, confesso, também sou grande fã.

Apesar de nesta ocasião, já estar há quase dez anos na estrada, Kevin nunca tinha atuado em nada que eu tivesse assistido, porém daí em diante, emplacou um sucesso atrás do outro: Os Suspeitos, Tempo de Matar, LA Cidade Proibida e Beleza Americana. Não tenho certeza se eu apreciei tanto estes filmes por suas atuações ou se ele escolhia os filmes certos para trabalhar, mas que o que não pode ser negado é o seu imenso talento. Prova disso, são os dois Oscar de Melhor Ator, entre os anos de 1996 por Os Suspeitos e 2000 por Beleza Americana.

Depois dessa fase áurea, ele fez de tudo, de comédias escrachadas malsucedidas, passando por jogador matemático de pôquer e até Lex Luthor. Foram dez anos de altos e baixos… Contudo, quando foi anunciado como protagonista de uma série política do Netflix, eu tinha certeza que seria um sucesso.

Ainda que não seja a temática favorita de todos, House of Cards foi um sucesso absoluto e levou as produções originais do canal a um nível superior. Além disso, desfez todas as desconfianças que os seriadores tinham em relação a produções desenvolvidas por canais de streaming. Com certeza, grande parte desta mudança de conceito pode ser creditada a Kevin Spacey.

E, a exemplo do que aconteceu com a sua carreira cinematográfica, a notoriedade de Kevin foi representada em indicações como melhor ator em série dramática por House of Cards em várias listas de premiações que, se tivessem acontecido num ano menos concorrido, Spacey teria levado muitas estatuetas para casa.

Mas House of Cards estreia sua segunda temporada em no dia 14 de fevereiro de 2014, ano em que Frank Underwood pode, definitivamente, conquistar não somente a Casa Branca, mas o mundo!

3 – Maggie Smith
A mais experiente profissional de toda a lista, a Dama Margaret Smith fez sua estreia no cinema no longínquo ano de 1956 e há mais de 60 anos vem acumulando longas-metragens, prêmios e aclamações ao seu nome. Ganhadora do Oscar de melhor atriz por Primavera de Uma Solteirona (1969) e vencedora da categoria de melhor atriz coadjuvante por Califórnia Suíte (1978) na mesma premiação – feito conquistado por pouquíssimas outras mulheres –, também foi indicada ao Oscar outras quatro outras vezes e também é ganhadora de Globo de Ouro, TONY e BAFTA, isso se tratando apenas das premiações consideradas mais tradicionais. Desde o começo da carreira a britânica já atuava em produções para a televisão, com várias pequenas participações em séries antigas, porém atuando frequentemente em filmes televisivos, conseguindo, inclusive, diversas nominações em premiações e ganhando o Emmy de melhor atriz para minisséries e/ou filmes por seu papel em My House In Umbria (2003).

O grande desempenho na televisão da eterna professora McGonagall surgiu em 2010, quando a atriz se juntou ao elenco de Downton Abbey, que relata o dia-a-dia de uma família aristocrata inglesa do começo do século passado e de seus criados. Aclamada por toda a crítica, a série britânica é considerada a série de época mais bem sucedida da TV desde 1981, indicada (e vencedora!) a diversas categorias das mais variadas premiações, e tem em Maggie Smith o grande nome da sua produção. A inglesa já foi indicada para qualquer premiação existente por sua atuação como Violet Crawley e conseguiu o feito de ganhar todos os principais prêmios, incluindo o Emmy duas vezes e em diferentes categorias (Downton Abbey foi classificada como minissérie em 2011 e mudou para a categoria de drama no ano passado). Com uma extensa lista de prêmios, unanimidade de todos a respeito de seu desempenho e a escolha perfeita em qual série protagonizar, não há dúvidas que Maggie Smith é uma das atrizes de cinema mais bem sucedidas na história da televisão mundial.

2 – Michael Sheen
O galês Michael Sheen é outro belo exemplo de atores de trajetória bem sucedida nas telonas que também obtiveram sucesso na telinha. Embora sua estreia na TV americana tenha ocorrido em 2013, em Masters of Sex, sua interpretação de Dr. William Masters já lhe rende ótimos elogios e uma justíssima indicação ao Golden Globe do ano que vem de melhor ator dramático.

Curiosamente, os maiores destaques de Sheen no cinema são também interpretações biográficas de personagens famosas, como David Frost, Frost/Nixon (2006), o jornalista que realizou a famosa entrevista com Richard Nixon e Brian Clough, em Maldito Futebol Clube (2009), o treinador de futebol inglês que levou uma equipe inexpressiva aos títulos do campeonato inglês e da UEFA Champions League, na década de 1970. Sheen também interpretou por três vezes o ex-primeiro ministro inglês Tony Blair: no telefilme de drama político The Deal (2003); no sucesso A Rainha (2006), representando o recém-eleito primeiro ministro contracenando com Sua Majestade Helen Mirren nos dias que se seguiram à morte de Lady Di e; em The Special Relationship (2010), que aborda a relação entre Blair e Bill Clinton.

Com certeza Masters of Sex colocará o nome Michael Sheen nos holofotes e nas premiações por um bom tempo, pois interpretar um personagem tão complexo que lida com dilemas pessoais e coletivos de uma forma tão normal para nós hoje em dia, mas tabu nos anos 1950, mostra o porquê Sheen foi indicado e o porquê de MoS ser considerada a melhor estreia de toda essa fall season.

1 - Zooey Deschane
Who’s that girl? It’s Zooey!

A atriz de olhar hipnotizante e personalidade cativante não podia faltar nesta lista. Por causa de sua família, a garota cresceu no meio cinematográfico e iniciou sua carreira em curtas e filmes independentes. O primeiro filme de Zooey Deschanel que vi nos cinemas foi O Guia do Moxileiro das Galáxias (2005), baseado na série de livros de Douglas Adams que ainda conta com o ótimo Martin Freeman no papel principal. Adorei a personagem Trillian mais do que no livro e creio que isso se deve ao carisma de Zooey e a sua química com Freeman. A irmã de Emily Deschanel (Bones) teve em sua carreira no cinema filmes rentáveis como Ponte para Terabítia, Sim, Senhor! e Um duende em Nova York (que só assisti pela Zooey, pois não gosto nem de filmes natalinos, nem do Will Ferrell).

E quem achava que o melhor momento da carreira de Zooey havia sido no perfeito (500) Dias com Ela, se enganou profundamente. Em 2011, ocorreu a sua estreia na televisão com o papel principal na nova sitcom da Fox, New Girl. Logo virou hit e Jess se tornou a nova queridinha da América. Na série, Zooey consegue transmitir um pouco da sua personalidade pra essa personagem, que consegue ser maluquinha e adorável ao mesmo tempo. Impossível não amar seu jeito vintage, sua franja e sua voz (ouça o álbum de Natal do She & Him). Ainda bem que Zooey deu certo na televisão e nos apresenta um novo casal para torcermos (Jess & Nick).

Ela é Zooey, não segue os padrões de moda e tendências visuais que todas as outras atrizes seguem, e mesmo em premiações ela se veste como ela gosta (ela diz que prefere estar à vontade caso tenha que fugir correndo). Enfim, a companheira de classe de Kate Hudson merece esse sucesso e muito mais. Zooey: a beleza autêntica dessa década.

Fonte: 1
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