terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os 10 Filmes mais Gays da História do Cinema



Separamos abaixo uma lista dos 10 filmes mais gays da história do cinema pra você assistir (ou não) com seu amigo gay.

Veja a lista e os trailers.

10. O Segredo de Brokeback Mountain

Criar esteriótipos ou rótulos é uma forma clara de intolerância e O Segredo de Brokeback Mountain foi muito prejudicado por isso. O longa recebeu o carimbo de “western gay” e sofreu por causa disso – sofreu, inclusive, uma derrota na disputa pelo Oscar de Melhor Filme, para o qual era franco favorito em 2006.

O filme não é um faroeste – embora ambientado no mesmo tipo de cenário – também não é gay ou para gays. Trata-se de um belo e intenso drama cujos personagens vivem um grande amor. É claro que o homossexualismo é importante para a história, principalmente por causa do ambiente machista e duro que os cercava, mas isso não significa que não seja um longa para todos os públicos.
Dirigido pelo sempre sensível Ang Lee, Brokeback Mountain conta com participações memoráveis de Heath Ledger, Jake Gyllenhaal e Michelle Williams.

9. Priscilla, a Rainha do Deserto

Dois transformistas e uma transexual, interpretados por Hugo Weaving, Guy Pearce e Terence Stamp, são contratados para uma apresentação em uma cidade asfastada em pleno deserto australiano. Para isso, embarcam no ônibus batizado de Priscilla, mas o “buzão” quebra no meio do caminho, eles ganham um novo passageiro e novos ingredientes irão temperar suas futuras descobertas.
Priscilla, a Rainha do Deserto

Com um visual deslumbrante, o universo drag queen nunca esteve tão bem representado (e apresentado) como neste Priscilla, a Rainha do Deserto, que chegou como quem não quer nada e ajudou a colocar o cinema australiano no mapa com uma história inusitada e trilha sonora que sacudiu o esqueleto de muita gente. E, diga-se de passagem, sacode até hoje, pois através deste longa de 1994 dirigido por Stephan Elliott, pessoas que não viveram a era “disco” entraram em contato com alguns clássicos do gênero. Estão lá I Love the Night Life (Alicia Bridges), Go West (Village People), Shake Your Groove Thing (Peaches & Herb), Mamma Mia (Abba), fora o “relançamento” com força total da música Finally, de Ce Ce Peniston. Sem contar que essa comédia dramática tem ainda o hit I Will Survive, de Gloria Gaynor, lançado em 1979. A música acabou virando hino da emancipação feminina, dos gays norte-americanos e é reconhecida como o hino mundial gay.

Com várias indicações e prêmios (BAFTA e Oscar de Melhor Figurino), Priscilla, a Rainha do Deserto virou também musical de sucesso na Broadway e fora dela. Entre as curiosidades nos cinemas, em salas especiais que tinham globo de espelhos e luzes, a cena final era exibida com esse toque de glamour a mais. Divertido e definitivo.

8. Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar

Lançado em 1995, “Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar” também viaja pelo universo das drag queens, mas tem um elemento curioso em sua composição. O longa foi estrelado por atores bem conhecidos por representar o estereótipo do galã e do machão nos cinemas, como é o caso de Patrick Swayze e Wesley Snipes. Na história, a dupla parte numa viagem a bordo de um Cadillac na companhia de outro companheiro (John Leguizamo) para concorrer a um super concurso nacional do gênero “multicolorido”. No meio da aventura, porém, o carro deixa eles na mão e em território nada hospitaleiro para este tipo de artista.
Para Wong Woo

O longa pode ser encarado por muitos como uma resposta americana para o sucesso australiano Priscilla, a Rainha do Deserto. Afinal, os dois têm três protagonistas, rola uma viagem, um é “motorizado” por um ônibus, o outro por um carro … Será que ele é? Ah! Deixe de lado esse tipo de preconceito e divirta-se porque esse é o objetivo. E o bom humor rendeu para Swayze e Leguizamo indicações ao Globo de Ouro.

Entre as curiosidades dessa produção, além dos nomes de personagens tirados da literatura, presença do saudoso Chris Penn (1965-2006) no papel de um xerife homofóbico e a origem do título inspirado em uma fotografia autografada da atriz Julie Newmar, para muitos, a eterna Mulher-Gato do seriado Batman (1966-1967). Aliás, ela faz uma ponta no filme, assim como outros famosos.

7. Minhas Mães e Meu Pai

Minhas Mães e Meu Pai tem como mérito principal o fato de tratar de uma relação pouco vista na tela de cinema. E não me refiro ao relacionamento entre duas mulheres, mas sim ao fato das duas viverem uma relação estabelecida de vários anos e com duas crianças, concebidas com a ajuda de um banco de esperma. O filme retrata uma família moderna, sem espaço para intolerância.
Minhas Mães e Meu Pai

Na trama, a relação da família é abalada pelo aparecimento do pai/doador dos dois jovens. Tratando tudo com muita naturalidade, o longa mostra que a rotina pode desgastar todo tipo de relação e que as pessoas devem lutar para permanecerem juntas.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2010, Minhas Mães e Meu Pai tem como força principal seu elenco: Annette Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska e Josh Hutcherson. A direção é de Lisa Cholodenko, que emprestou alguns elementos de sua vida pessoal para o longa. Ela vive um relacionamento de vários anos com Wendy, com quem teve um filho a partir de um doador de esperma.

6. Transamerica

Sentir-se desconfortável com o próprio corpo é algo inerente aos transexuais, antes de realizarem a muitas vezes sonhada operação de mudança de sexo. É o que acontece com Bree, personagem principal de Transamerica (2005). Juntando dinheiro para a operação, ela é surpreendida com o telefonema de seu filho desconhecido, que está na prisão. Fruto da época em que, ainda, tinha relacionamentos como homem.
Transamerica

Contando com uma grande atuação de Felicity Huffman, que se despiu da vaidade para interpretar um homem que tivesse traços femininos, Transamérica é um mergulho nos dilemas e preconceitos enfrentados pelos transexuais em busca do bem-estar pessoal. Um filme honesto e por vezes duro, necessário devido ao tema retratado.

Estrelado também por Kevin Zegers, que interpreta o filho de Bree, Transamérica foi o primeiro filme dirigido por Duncan Tucker. Pelo papel Felicity Huffman, mais conhecida pela série de TV Desperate Housewives, ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz em drama e foi ainda indicada ao Oscar.

5. Meninos Não Choram

A jovem Teena Brandon (Hilary Swank) sempre se sentiu diferente, incompatível com seu corpo feminino. Ao cortar os cabelos e se vestir de homem, ela adota a identidade de Brandon Teena para viver em uma pequena cidade rural dos Estados Unidos. Brandon conhece uma garota (Chloë Sevigny) e se apaixona, mas neste local conservador, ele terá dificuldades em passar despercebida.
Meninos Não Choram

Meninos Não Choram surpreendeu pela sensibilidade e respeito com que abordou a questão da transexualidade, e pela atuação marcante de Swank, vencedora do Oscar pelo papel. O filme também venceu nada menos que 46 outros prêmios internacionais.

4. Almas Gêmeas

Antes de fazer sucesso com a trilogia O Senhor dos Anéis (2001/2002/2003), o diretor Peter Jackson, até então um ilustre desconhecido, apresentou ao mundo um obra inquietante sobre amizade, homossexualidade e assassinato com Almas Gêmeas (1994). O elenco contava com as estreantes Kate Winslet (Titanic) e Melanie Lynskey, mais conhecida por sua participação como Rose no seriado Two and a Half Men (2003-2011).
Almas Gêmeas

A história se passa nos anos 50 e revela duas jovens que se conheceram na escola e tornaram-se amigas inseparáveis, extrapolando os sentimentos para além da realidade. Dispostas a levar adiante esse amor sem limites, a obsessão de ambas enfrenta o conservadorismo da sociedade, gerando planos de fuga e de morte na família.

O longa foi baseado em um famoso crime ocorrido na Nova Zelândia e Jackson conseguiu mesclar de maneira arrebatadora elementos de drama, suspense e fantasia, com sequências que encantam e assustam. Com diversas indicações (Melhor Roteiro no Oscar) e prêmios (Festival de Veneza e de Toronto) é filme obrigatório para quem curte ou não o trabalho do diretor.

3. Milk – A Voz da Igualdade

Se em pleno século XXI há quem prefira esconder a homossexualidade por temer preconceitos, imagine nos conservadores anos 70. Esta foi a realidade enfrentada por Harvey Milk, o primeiro gay assumido a ser eleito em um cargo público de importância nos Estados Unidos.
Milk

Dirigido por Gus Van Sant, Milk – A Voz da Igualdade (2008) assume de forma escancarada a defesa pelos direitos iguais para os homossexuais. A frase estampada na camisa de Sean Penn na foto acima, “I’ll never go back”, dá bem a entender o espírito da luta, de que trata-se de uma batalha sem volta.
Com uma excelente atuação de Sean Penn, cuja semelhança nos trejeitos e no modo de falar com o verdadeiro Harvey Milk pode ser conferida em cenas exibidas durante os créditos finais, Milk conta ainda com atuações inspiradas de Josh Brolin, James Franco e Emile Hirsch. Vencedor de dois Oscars, nas categorias de melhor ator (Sean Penn) e melhor roteiro adaptado, e indicado em outras seis categorias.

2. Filadélfia

No início dos anos 90, quando boa parte da sociedade ainda via assuntos como homossexualismo e AIDS como tabus, um filme resolveu abordar isso tudo. Trata-se de Filadélfia, primeiro trabalho de Jonathan Demme após a consagração com O Silêncio dos Inocentes.

O longa conta a história de um promissor advogado que é demitido quando descobrem que ele é portador do vírus da AIDS. Ele, então, resolve processar o escritório em que trabalhava. Tom Hanks brilha no papel principal, tendo conquistado seu primeiro Oscar de Melhor Ator pelo trabalho, enquanto que Denzel Washington se sai bem na pele do advogado contratado para o processo.

Filadélfia tem a tolerância como mensagem principal. E isso fica claro a partir do personagem de Denzel, que vai descobrindo como superar seus preconceitos a medida que vai convivendo com o de Hanks. O filme conta com uma belíssima trilha sonora, com destaque para a canção “Streets of Philadelphia”, de Bruce Springsteen (veja o clipe abaixo).

1. Elvis e Madonna

Elvis e Madonna

O que pode acontecer quando um travesti e uma lésbica se apaixonam um pelo outro? Este insólito relacionamento é a base do divertido Elvis & Madona, comédia nacional estrelada por Simone Spoladore e Igor Cotrim que chegou aos cinemas de forma discreta em 2011.

Batizado de “bichanchada” pela professora Ivana Bentes, o filme brilha ao apresentar sem preconceitos os universos dos travestis e das lésbicas e também a reação de ambos diante da união dos personagens principais. Como pesquisa para seus personagens, os protagonistas assistiram diversos shows de travestis no bairro carioca da Lapa.

Dirigido por Marcelo Laffitte, Elvis & Madona conta ainda com Maitê Proença e Jose Wilker no elenco. Foi indicado em três categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: melhor atriz (Simone Spoladore), melhor maquiagem e melhor roteiro original.
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