1. A Olivia Palito era uma mãe solteira e muito pobre
Em 1936, a Olívia Palito fez uma aparição no curta “Somewhere in Dreamland,” que foi produzido pelo mesmo estúdio que criou os desenhos Popeye. A partir dos 2:02 do vídeo acima, ela aparece como uma mãe solteira com dois filhos que vivem na pobreza durante o período da Grande Depressão nos EUA. Embora a personagem seja chamada apenas de “Mother” no filme, ela usa as mesmas roupas tradicionais de Olívia Palito, tem o mesmo corpo físico com aparência magra, sem seios, pés grandes e é dublada pela mesma atriz que dublava a personagem na época, Mae Questel. Aparições de personagens de desenhos animados em produções diferentes de sua série original não são incomuns, eles já faziam muito isso naquela época. A Fleischer Studios mesmo já colocou Mickey em um de seus desenhos, retratando-o como um “rato mau” que bloqueia o namorado de Betty Boop dentro de um bueiro.
2. Mickey Mouse era um rato taradão
Nos primeiros desenhos animados, Mickey não era exatamente um “modelo” para as crianças, talvez nem mesmo para os adultos. Em seu primeiro desenho produzido em 1928, intitulado “Plane Crazy,” ele chama a Minnie para voar consigo e durante o voo ele tenta forçá-la a beijá-lo. Aos 04:55 do vídeo ela se sente tão pressionada com a insistência do ratinho que resolve saltar do avião.
Em um outro desenho do Mickey, intitulado “The Galloping Gaucho” e lançado no mesmo ano do primeiro, ele assiste Minnie dançando para homens em um bar (pole dancing?), enquanto se diverte e se acaba bebendo cerveja. Parece que Mickey também não se importa em abusar de outros animais. No próprio “Plane Crazy” ele usa um cão salsicha como um motor para o seu primeiro avião, e também arranca as penas de um pavão com força para usar como uma cauda de seu segundo avião. No desenho “Steamboat Willie,” da mesma época, ele praticamente tortura um gato, uma cabra, e um pato, usando-os como instrumentos musicais.
3. Smurfette era morena, e foi criada por Gargamel para enganar e seduzir os Smurfs
No início da série animada, os Smurfs eram todos do sexo masculino. Então, o malvado feiticeiro Gargamel criou um Smurf do sexo feminino com o objetivo de seduzir e enganar os Smurfs, como vemos no vídeo acima. No entanto, no final ela se entrega e acaba se arrependendo. Enttão Papai Smurf a transforma na Smurfette loira que nós conhecemos. Após a transformação, todos eles se apaixonam por ela e a aceitam como uma Smurf. A Smurfette foi a única Smurf feminina na aldeia por um longo tempo, e então posteriormente resolveram incluir outras personagens femininas no desenho.
4. Pato Donald apoiava campanhas de controle populacional de imigrantes
Pato Donald já foi retratado como um nazista em desenhos animados durante a Segunda Guerra Mundial (veja neste vídeo). Isso muita gente já sabia, mas o que quase ninguém ficou sabendo é que Pato Donald participou também de uma campanha de filmes educativos durante os anos 60, entre elas uma referente ao planejamento familiar e controle populacional. O filme (acima) é de 1968 e foi intitulado “Family Planning” (Planejamento Familiar). Foi produzido pela Disney especialmente para o ‘US Population Council’. Nele um casal(um homem com aparência latino-americana e sua esposa com aparência indiana) são instruídos sobre como fazer para controlar e evitar que tenham muitos bebês. A ideia do vídeo é restaurar o “equilíbrio da população”, o que foi comprometido porque, como o narrador diz, a medicina moderna daquela época havia salvado muitas crianças da morte. Uma boa iniciativa, porém o vídeo na verdade não era direcionado a todos os americanos, mas sim aos latinos e outros imigrantes que moravam lá nos EUA na época, com o objetivo de “prevenir” o aumento populacional deles.
5. Os nomes originais de Tom & Jerry eram Jasper & Jinx
No vídeo aí de cima, Tom teve sua primeira aparição em um desenho de 1941 intitulado “Puss Gets the Boot”. Aos 2:24 do desenho Tom é chamado de “Jasper” por sua dona. Embora o desenho não tenha deixado evidente o nome de Jerry, seu criador Willian Hannah afirmou posteriormente em entrevistas que o nome original do rato na época era Jinx. O nome “Tom e Jerry” foi uma sugestão de outro animador da MGM, e acabou sendo adotado. Enquanto “Tom e Jerry” pode certamente ser considerado melhor do que “Jasper e Jinx”, ninguém parece ter pensado em mudar o nome da “Mammy Two Shoes” para algo mais parecido com um nome real, no lugar de um nome esquisito destes.
6. Betty Boop era uma cadela, e bem esquisita
Em 1930, quando os irmãos Fleischer criaram o personagem Betty Boop, ela era uma poodle francês, tinha orelhas flácidas e um nariz redondo preto. Em sua primeira aparição nas telas, nos 2:39 do vídeo (acima) de 1930 intitulado “Dizzy Dishes,” ela se parece mais com um cão antropomórfico. Aos poucos foram então lentamente transformado-a em um personagem completamente humano. No desenho “Bimbo’s Initiation” de 1931, quando ela seduz Bimbo na cena final, ela já não tem cara de cachorro, mas ainda ostenta orelhas cumpridas. Somente em 1932, no desenho “Any Rags”, que ela se tornou completamente humana e suas antigas orelhas de cachorro foram transformadas em brincos.
7. O Gato Felix sofreu tanta desilusão no amor que resolveu ficar solteirão
O gato Felix era o personagem mais popular dos desenhos animados da década de 20. Apesar de todo esse sucesso, no entanto, na época ele não tinha sorte com as mulheres, com gatas, melhor dizendo. No vídeo (acima) de 1925 intitulado “Felix Finds ‘Em Fickle,” Felix está com sua namorada insatisfeita. Ele tenta gentilmente dar uma flor a ela, mas ela rejeita e diz: “Se você me ama, me dê aquela!” e aponta para uma flor que há no topo de uma montanha com 40 mil pés de altura. Felix resolve escalar a montanha, luta contra ursos e abutres e então consegue retornar vitorioso com a flor nas mãos, mas ela ainda está infeliz. Ela o chama de “Burro” e diz: “Eu queria aquela outra que estava do lado desta!” (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência).
No desenho “Comicalamities,” lançado três anos depois, a próxima namorada de Felix é desenhada com uma cara feia, e então, com a ajuda do cartunista ele re-desenha a face dela. Ainda não contente com o que ganhou, ela passa a pedir outras coisas para o Felix. Ele enfrenta poucas e boas para dar tudo o que ela pede, mas mesmo depois de tanto empenho ela simplesmente o rejeita no final. Então, cheio de raiva ele simplesmente rasga o papel onde ela estava desenhada e fica satisfeito sozinho. Conclui-se portanto que: Ou Felix era muito azarado no amor ou ele estava buscando no lugar errado.
8. O Pateta era casado com uma mulher “humana,” e de má reputação
Na maioria dos desenhos animados do início dos anos 50, Pateta era chamado de ‘George Geef’ e tinha uma esposa e um filho. Como podemos ver nos 4:06 do vídeo acima de 1951, intitulado “The Cold War,” mesmo que o rosto da esposa dele nunca tenha sido mostrado, podemos supor que ela é plenamente humana, e não uma criatura antropomórfica como o Pateta. Isto porque no vídeo ela aparece cinco dedos nas mãos ao invés de quatro como o Pateta e a maioria dos personagens antropomórficos da Disney tem.
Outra forte evidência desta afirmação é o fato que todas as personagens femininas dos desenhos do Pateta na época eram retratadas como mulheres normais, sem características de cachorro. No episódio “Father’s Weekend” também é possível ver a parte de trás da cabeça da esposa dele, e ela tinha um cabelo humano normal. Outra informação interessante é que a esposa sem nome dele não parecia ser dona de uma boa reputação na cidade. Em 1953, no desenho intitulado “Father’s Day Off“, sugere-se que ela recebia regularmente beijos do leiteiro, do homem mercearia e do homem da loja de roupa enquanto Pateta está trabalhando. Talvez por causa de tal comportamento descarado a esposa tenha desaparecido sem explicação nos desenhos animados posteriores do Pateta e, em um filme de Pateta de 1995, ela é apresentada como morta.
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